Vigilância ambiental do vírus da hepatite na cidade de São Paulo, Brasil

Autores/as

  • Tatiana Prado Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB)
  • Mikaela Renata Funada Barbosa Companhia Ambiental do Estado de São Paulo - CETESB
  • Suzi Cristina Garcia Companhia Ambiental do Estado de São Paulo - CETESB
  • Maria Inês Zanoli Sato Companhia Ambiental do Estado de São Paulo - CETESB

DOI:

https://doi.org/10.24302/sma.v8i0.2060

Resumen

O vírus da hepatite E (HEV) é um agente emergente causador de hepatite entérica aguda em diversas regiões do mundo. No Brasil, taxas de soro-prevalência têm sido determinadas em 6% na população adulta e em 3% na população geral, evidenciando que a hepatite E no Brasil não é rara. Entretanto, a epidemiologia geral do vírus ainda é pouco estudada no país e não temos dados abrangentes de monitoramento ambiental. O objetivo desse estudo foi monitorar o HEV em amostras de esgoto bruto, efluentes secundários e água de reúso na região metropolitana da cidade de São Paulo, Brasil, durante o período de um ano (abril de 2015 a março de 2016). Amostras foram coletadas mensalmente em 4 grandes Estações de Tratamento de Esgotos (ETEs), responsáveis pelo tratamento de esgotos de uma população equivalente a 8 milhões de pessoas residentes na cidade. Genomas virais foram investigados através de reação em cadeia da polimerase quantitativa (qPCR). Genomas de HEV não foram detectados durante todo o programa de monitoramento. Embora os resultados sugerem que a taxa relativa de circulação do vírus no ambiente pesquisado é baixa, os desafios analíticos relacionados aos limites dos métodos moleculares utilizados para detectar genomas virais em amostras ambientais são discutidos. Essa foi a primeira iniciativa para obter dados de HEV circulantes em matrizes ambientais na cidade de São Paulo e espera-se que futuros estudos de vigilância ambiental sejam conduzidos, apoiando políticas públicas mais efetivas de controle ambiental e prevenção da saúde com relação às doenças virais de veiculação hídrica.

Palavras-chave: Doenças de veiculação hídrica. Saneamento. Saúde pública. Vigilância ambiental.

Biografía del autor/a

Tatiana Prado, Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB)

Graduada em ciências biológicas pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP/SP), mestre em saúde pública com ênfase em Saneamento e Saúde Ambiental pela Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/FIOCRUZ/RJ) e doutora em ciências pelo Instituto Oswaldo Cruz - Fundação Oswaldo Cruz (IOC/FIOCRUZ/RJ)

Mikaela Renata Funada Barbosa, Companhia Ambiental do Estado de São Paulo - CETESB

Mestre em Epidemiologia Experimental e Aplicada às Zoonoses. Universidade de São Paulo (USP). Gerente da Divisão de Microbiologia e Parasitologia da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB). São Paulo.

Suzi Cristina Garcia, Companhia Ambiental do Estado de São Paulo - CETESB

Bacharel em Ciências Biológicas pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) e  virologista da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB). São Paulo. Brasil.

Maria Inês Zanoli Sato, Companhia Ambiental do Estado de São Paulo - CETESB

Doutora em Ciências (Microbiologia) pela Universidade de São Paulo (USP). Gerente do Departamento de Análises Ambientais, da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB). 

Publicado

2019-04-22

Cómo citar

Prado, T., Barbosa, M. R. F., Garcia, S. C., & Sato, M. I. Z. (2019). Vigilância ambiental do vírus da hepatite na cidade de São Paulo, Brasil. Saúde E Meio Ambiente: Revista Interdisciplinar, 8, 83–96. https://doi.org/10.24302/sma.v8i0.2060

Número

Sección

Artigos