A biopolítica e o governo da vida: o mercado econômico em Michel Foucault / The biopolitic and the government of life: the economic market in Michel Foucault
DOI:
https://doi.org/10.24302/prof.v5i2.1901Palabras clave:
Biopolítica. Mercado Econômico. Michel Foucault. Governo da Vida. Biopolitics. Economic Market. Michel Foucault. Government of Life.Resumen
Em o Nascimento da Biopolítica, Foucault trata de analisar as emergências e proveniências do mercado econômico compreendido como modo de veridicção a partir na nossa sociedade ocidental desde seu aparecimento junto à pastoral da carne cristã, passando pela razão de Estado moderna, até o neoliberalismo. O presente ensaio procura rastrear os desdobramentos de tal conceito no sentido de pensá-lo como um modelo de governança segundo o qual se produz, no mundo contemporâneo uma governamentalização voltada para o cambiante fluxo dos indicadores econômicos responsáveis por estabelecer as regras do que se considera bom ou mau governo. Ocorre que, ao constituir-se como prática refletida de governo, o mercado econômico acaba por operar como um dispositivo de assujeitamento das condutas tornando refém de seus indicadores não somente o Estado e suas instituições, mas os próprios sujeitos que não reconhecem outro elemento ético senão aqueles provenientes da capacidade econômica do mercado gerenciar o que deve viver e do que deve morrer.
Abstract
In Birth of Biopolitics, Foucault tries to analyze the emergencies and provenances of the economic market understood as a way of veridiction from our western society from its appearance with the pastoral of Christian meat, through the modern state reason, to neoliberalism doctrine. The present papper tries to trace the consequences of such a concept in the sense of thinking of it as a model of governance according to which, in the contemporary world, governmentalization is focused on the changing flow of economic indicators responsible for establishing the rules of what is considered good or bad government. It happens that, as a reflected practice of government, the economic market ends up operating as a device for assujeitamento conducting hostage of its indicators not only the State and its institutions, but the subjects themselves who do not recognize another ethical element otherwise those from the economic capacity of the market manage what must live and what must die.