Esterilização feminina voluntaria e os desafios da livre disposição do próprio corpo impostos Lei 9.263/1996

uma reflexão a partir da Lei 14.443/2022

Autores

  • Nayara Westphal da Rocha Universidade do Contestado (UNC)
  • Adriane de Oliveira Ningeliski Universidade do Contestado; Centro Universitário Unibrasil

DOI:

https://doi.org/10.24302/acaddir.v6.4429

Palavras-chave:

Laqueadura, Livre Disposição do Corpo, Mulher, Saúde reprodutiva

Resumo

O tema do presente estudo é sobre a esterilização voluntária presentes na Lei 9.263 de 1996 e a atual alteração da lei 14.443 de 2022, com requisitos que dificultam a efetivação da escolha, principalmente sob a ótica das mulheres que desejam realizar a esterilização. Os requisitos são os pontos da problemática pois ferem a liberdade da mulher ao decidir sobre a sua vida sexual e como conduzi-la. Analisados os requisitos percebe-se que refletem à construção social patriarcal e religiosa de que a mulher, para além de ser mulher, é também um objeto de reprodução da espécie humana. Observa-se que até a Lei 14443/2022, as restrições à mulher adulta que quisesse esterilizar-se voluntariamente, eram diversas (idade, autorização do cônjuge, número de filhos, entre outros), grande maioria foram suprimidas com a Lei recém-sancionada, permanecendo somente a restrição etária reduzida ou já possuir dois filhos. Para se alcançar o escopo do trabalho, utilizou-se como método de abordagem o dedutivo, tendo em vista que se parte da premissa de que qualquer restrição imposta à esterilização voluntária ofende o direito de livre disposição do próprio corpo. Por fim, conclui-se que as conquistas femininas são lentas, e que ainda existem restrições aos direitos reprodutivos da mulher.

Biografia do Autor

Nayara Westphal da Rocha, Universidade do Contestado (UNC)

Graduanda em Direito. Universidade do Contestado. Mafra. Santa Catarina. Brasil

Adriane de Oliveira Ningeliski, Universidade do Contestado; Centro Universitário Unibrasil

Doutora e Mestre em Direito, Centro Universitário Autônomo do Brasil, Docente e Pesquisadora da Universidade do Contestado. Santa Catarina. Brasil.

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Publicado

2024-06-17

Como Citar

Rocha, N. W. da, & Ningeliski, A. de O. (2024). Esterilização feminina voluntaria e os desafios da livre disposição do próprio corpo impostos Lei 9.263/1996: uma reflexão a partir da Lei 14.443/2022. Academia De Direito, 6, 822–847. https://doi.org/10.24302/acaddir.v6.4429

Edição

Seção

Artigos