PET-Saúde Interprofissionalidade
experiência de interconsultas
DOI:
https://doi.org/10.24302/sma.v9iSupl.1.3397Resumen
Introdução: O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) visa fortalecer a parceria entre o ensino e o serviço. Na sua última edição o programa traz como tema central a Interprofissionalidade, atendendo ao chamado da Organização Mundial de Saúde para implementar a educação interprofissional (EIP) como ferramenta essencial para o desenvolvimento e fortalecimento da força de trabalho na saúde, contribuindo para a redução de muitos desafios enfrentados pelos sistemas de saúde no mundo. Nesse sentido, o PET-Saúde constitui-se uma estratégia de indução de mudanças no processo de formação profissional, possibilitando a identificação de necessidades frequentes vivenciadas no serviço de saúde. A EIP ocorre quando duas ou mais profissões aprendem sobre os outros, com os outros e entre si para uma colaboração mútua e melhoria dos resultados em saúde1. Objetivo: O objetivo desse trabalho é relatar a experiência vivenciada por um grupo de acadêmicos da área da saúde, participantes do PET–Saúde Interprofissionaldiade, sobre a simulação da realização de interconsultas. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência sobre a preparação para a realização de interconsultas, realizado por acadêmicos de enfermagem, fisioterapia, medicina, nutrição, psicologia e farmácia de variados semestres, juntamente com seus preceptores e tutores, durante o mês de agosto de 2019. Inicialmente, foram desenvolvidos os materiais físicos que iriam compor o prontuário interprofissional e subsidiar as consultas. Para o atendimento na atenção primária o grupo julgou necessário a elaboração de uma ficha de caracterização do sujeito, genograma, ecomapa e a classificação internacional de funcionalidade (CIF). Posteriormente os membros forma divididos em dois grupos (1 e 2). Resultados: O grupo 1 realizou a vivência de uma interconsulta através de simulação com paciente standartizado, enquanto o grupo 2 observou a condução do grupo 1. Após o atendimento todos os membros de ambos os grupos discutiram os aspectos positivos da interconsulta e os aspectos a serem melhorados sob a ótica das práticas colaborativas. O exercício dessa atividade possibilitou aos acadêmicos uma reflexão da importância e desafios do trabalho em equipe, desde a construção do prontuário interprofissional até a realização do atendimento. A dificuldade da realização da interconsulta está relacionada à complexidade dos saberes das diversas profissões em saúde, principalmente por não haver conhecimento sobre as práticas comuns e colaborativas entre os profissionais. Considerações Finais: Dessa forma, a partir da experiência do treino da interconsulta, evidencia-se a importância dos profissionais de saúde terem contato com profissões colegas e aprenderam a trabalhar em equipe, desde a graduação, para prestar um atendimento mais eficaz e de qualidade aos pacientes, principalmente no Sistema Único de Saúde.
Palavras-chave: Equipe de Assistência ao Paciente. Práticas Interdisciplinares. Ensino.
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