Telemonitoramento para o gerenciamento dos cuidados a saúde em hipertensos e diabéticos em tempos da COVID-19, no município de Piraquara-PR
DOI:
https://doi.org/10.24302/sma.v9iSupl.1.3380Abstract
Introdução: Com o início da pandemia da COVID-19, os atendimentos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município de Piraquara sofreram adequações para priorizar o atendimento de casos suspeitos ou confirmados da COVID-19, sendo que os atendimentos eletivos foram suspensos, adotando medidas preventivas como o distanciamento social, para diminuição da transmissão comunitária¹. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) em parceria a com UFPR, por meio do grupo tutorial Promoção da Saúde do Programa de Educação pelo Trabalho-Saúde Interprofissionalidade, desenvolveram uma estratégia de telemonitoramento para atender a demanda contínua de assistência aos pacientes com doenças crônicas, desassistidos pelo atendimento presencial nas UBS. Objetivo: Relatar a experiência do telemonitoramento de pacientes hipertensos e diabéticos do município de Piraquara-PR, visando garantir o acesso ao cuidado em saúde, em tempos de pandemia. Metodologia: O telemonitoramento realizado pelos acadêmicos iniciou em junho, após planejamento junto a SMS. Foram identificados os usuários a serem monitorados: 1.206 hipertensos e 506 diabéticos, cadastrados em 10 UBS. Os dados coletados foram inseridos em planilhas compartilhadas de forma online. O tempo médio das ligações foi de 15 minutos, realizadas em três períodos: manhã, tarde e noite. Resultados: Foram concretizadas 230 ligações para hipertensos (64% eram mulheres) com idade de 35 a 91 anos e 84 ligações para o grupo dos diabéticos (58,3% mulheres) com idade variando de 3 a 80 anos. Quanto à abordagem, foram repassadas orientações a respeito do controle das respectivas doenças e para manutenção do tratamento, além de orientações sobre alimentação saudável, atividade física e cuidados no combate a COVID-19. Além disso, a ação oportunizou momento de escuta ativa, na qual os usuários expressaram suas necessidades e angústias, devido ao isolamento social. As urgências de saúde citadas foram sinalizadas para a SMS, e encaminhadas para as UBS de origem do usuário. A limitação do processo foi a quantidade de números inexistentes e ligações não atendidas. Considerações Finais: O telemonitoramento possibilitou responder às necessidades de saúde desses grupos, reduzindo a exposição destes ao contágio pelo coronavírus, visando o controle das doenças e evitando complicações quando associadas a evasão ao tratamento, além de oportunizar aos acadêmicos práticas interprofissionais com os trabalhadores da rede de saúde do município.
Palavras-chave: Promoção da Saúde. Educação Interprofissional. Saúde Coletiva. Telemonitoramento. Pandemia.
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