Desafios e possibilidades para a manutenção do programa de educação pelo trabalho para a saúde (PET-Saúde Interprofissionalidade) durante a pandemia
DOI:
https://doi.org/10.24302/sma.v9iSupl.1.3420Resumo
Introdução: A pandemia causada pelo SARS-CoV-2 colocou o mundo em isolamento social e instiga incertezas, tanto em relação às consequências da disseminação do vírus como a forma como nos relacionamos. O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET–Saúde Interprofissionalidade - 2019/2021) tem, dentre suas finalidades, formar profissionais mais aptos para o trabalho colaborativo em saúde1. Objetivos: Relatar a experiência vivenciada e refletir sobre os desafios e as possibilidades para a manutenção do Programa durante a pandemia do novo Coronavírus Metodologia: Estudo do tipo relato de experiência, de abordagem qualitativa descritiva, baseado nas percepções dos integrantes do Programa sobre o impacto da pandemia e como isso se reflete do contexto do programa. Resultados: Com a adoção das medidas de isolamento social impostas em função da pandemia, as atividades do Programa que eram presenciais e em equipe, como a participação nos grupos terapêuticos e o projeto de pesquisa com os profissionais em forma de grupo focal, foram suspensos, obrigando à readequação da forma de atuação para a esfera virtual, passando a ser conduzida através de plataformas e ferramentas digitais, como Google Meet, WhatsApp, Jamboard e Canva. Essas novas formas de abordagens no ensino-aprendizagem apresentaram algumas questões desafiadoras, entre elas: a dependência da estabilidade da rede de internet; a não visualização da linguagem corporal; e exigência de maior comprometimento e autonomia dos atores. Além disso, os recém ingressos no grupo PET, só conhecem os colegas virtualmente e não puderam vivenciar a rotina na Unidade de Saúde e as reuniões e atividades presenciais com o grupo. Também devemos considerar os impactos emocionais mediante o isolamento social. Quanto aos aspectos benéficos no ensino-aprendizado à distância, percebemos os seguintes: o desenvolvimento de novas habilidades com meios tecnológicos; maior flexibilização de horário; e o não deslocamento para as reuniões, com menor risco de exposição à violência urbana e ao trânsito. Destacamos como principais produções nesse período, a participação ativa do grupo no curso de atualização em desenvolvimento docente para a Educação Interprofissional em Saúde e a criação de materiais informativos para serem disponibilizados para os usuários via Whatsapp. Considerações finais: Frente ao atual panorama mundial, entendemos que a adaptação e flexibilização do processo de ensino-aprendizagem é necessária. Contudo, é senso comum entre o grupo, que mesmo a melhor e mais completa ferramenta digital não substitui o contato pessoal, as relações mais próximas e humanizadas, possuindo essas, maior potencial para tornar a comunicação entre os participantes do Programa PET–Saúde interprofissionalidade mais assertiva e efetiva.
Palavras-chave: Educação interprofissional. Pandemia. Saúde.
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