Suicídio. Um fenômeno silencioso e silenciado / Suicide. A silent and silenced phenomenon
DOI:
https://doi.org/10.24302/sma.v7i1.1799Palavras-chave:
Suicídio. Família. Saúde. Suicide. Family. Health.Resumo
O Suicídio, enquanto fenômeno social, cultural, histórico e ao mesmo tempo individual, tem preocupado as diversas instâncias organizacionais, dentro dos Serviços de Saúde. No Brasil, conforme relata Minayo (2010),o reconhecimento da violência pela área da saúde vem se fazendo de forma fragmentada, lenta, intermitente, todavia progressiva. Objetivou-se com esta pesquisa, conhecer as causas do silêncio frente ao suicido, bem como as dificuldades sociais vivenciadas pelos familiares, vítimas deste fenômeno. A metodologia para conseguir identificar o que acontece com esta comunidade foi a pesquisa prospectiva básica, descritiva, transversal e qualitativa. Para tradução dos dados coletados foi utilizado à técnica de análise temática do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC). Abordar a temática neste estudo sobre o suicídio por si só, já caracteriza a complexidade que é para os trabalhadores de saúde em pensar, planejar, e criar estratégias de ações em saúde, para combater e/ou diminuir este fenômeno, bem como acolher os sobreviventes de um ato suicida. Quando se destina o olhar para os indicadores de saúde, de morbimortalidade, consegue-se traduzir em tela, a importância de refletir sobre o suicídio, que apesar de prevenção de muitos casos, ainda há uma distância em ações em saúde na prevenção e no acolhimento dos familiares. Quietude está disseminada tanto por parte dos Serviços de Saúde, quanto dos familiares sobreviventes de um suicídio exitoso. A morte por suicídio é dolorosa. O suicídio é um ato de extrema violência que não se esgota nele mesmo, atinge diretamente os familiares e amigos da pessoa que se auto violentou.
Abstract
Suicide, as a social, cultural, historical and at the same time individual phenomenon, has preoccupied the various organizational instances within the Health Services. In Brazil, as reported by Minayo (2010), the recognition of violence by health in a fragmented, slow, intermittent, yet progressive way. The objective of this research is to know the causes of the silence when facing suicide, as well as the social obstacles experienced by relatives who are victims of this phenomenon. To identify what happens with this community, we used the metodology of descritive, transversal, qualitative, basic prospective research. For translation of the collected data, it was used a technique known as Collective Subject Discourse (CSD). Only in addressing such issue in this study, we manifest the complexity at which health workers are involved in thinking, planning and adopting strategies in this field, aiming at the combat and/or reduction of this phenomenon, as well as taking care of the survivors of a suicidal act. If one looks at the indicators about health and morbimortality, one translates the importance of thinking about suicide to the screen, which - although prevention in many cases exists - there is still some distance to go in terms of prevention and family care. Silence that is disseminated by both health services and the remaining relatives of an accomplished suicide. Death by suicide is painful. Suicide is an act of extreme violence that does not end in itself and affects directly both family and friends of the person who self inflicts it.