Cooperativismo como princípio humano
DOI:
https://doi.org/10.24302/prof.v6iEd.%20esp..2371Resumo
Analisa-se no artigo os caminhos do advento do cooperativismo como princípio humano em confronto com alguns preceitos da epistemologia da sociedade moderna, como foi o caso da individualidade. A racionalidade moderna absorveu, antes de tudo, o preceito da individualidade, quer seja pela busca do direito da propriedade privada, e a construção histórica dos direitos universais de cidadania. Porém, mesmo parecendo contraditório, a partir de uma lógica dialética, tem-se a emergência do cooperativismo quando da consolidação das relações capitalistas, justamente como forma de superação da individualidade instauradas nas relações de produção. Para isso, recupera-se, inicialmente, o conceito de cooperação, e como isso é processo constitutivo dos seres vivos, especialmente da sociedade humana. Analisa-se, também, como esse processo de cooperação humana sofre interferências e fraturas, bem como é abalado pela construção do preceito racional da individualidade, a degradação humana e ambiental. Apresenta-se e discute-se necessárias e urgentes propostas mundiais, como por exemplo, da Organização das Nações Unidas para o estabelecimento de novas relações das pessoas entre si e com a natureza. Por fim, propõe a necessidade de resgatar e potencializar os princípios e, principalmente, práticas do cooperativismo como condição necessária e urgente para superar as atuais condições da sociedade humana mundial.
Palavras-chave: Cooperativismo. Desenvolvimento regional. Bem-estar humano.