Lamento, a impotência da linguagem

Autores

  • Diogo Cesar Nunes UNIABEU Centro Universitário.

DOI:

https://doi.org/10.24302/prof.v6i0.1890

Resumo

O presente artigo toma como ponto de partida reflexões realizadas por Giorgio Agamben acerca da pintura O esfolamento de Marsias, de Ticiano, para pôr em questão a relação entre a “inspiração” artística e o trabalho do pensamento crítico enquanto trabalho de luto. Assim, recorre a conexões entre os pensamentos de Agamben e de Benjamin, no intuito de tomar do filósofo alemão indicações sobre a “melancolia barroca” que permitam sustentar a hipótese de que o quadro de Ticiano, ao representar o próprio pintor como Midas buscando ouvir o “lamento” de Marsias, seja “exemplar” do luto que corresponde tanto ao trabalho do filósofo quanto ao do artista. Isso porque ambos tomariam como “objeto” aquilo que é irrepresentável ao olhar e impossível à palavra: a relação, sempre pendente, entre potência e impotência.

Palavras-chave: Lamento. Linguagem. Impotência. Criação artística. Luto.

Biografia do Autor

Diogo Cesar Nunes, UNIABEU Centro Universitário.

Historiador, Doutor em Psicologia Social, pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Professor da UNIABEU Centro Universitário. Rio de Janeiro. Brasil.

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Publicado

2019-02-04

Como Citar

Nunes, D. C. (2019). Lamento, a impotência da linguagem. Profanações, 6, 10–24. https://doi.org/10.24302/prof.v6i0.1890

Edição

Seção

Artigos