Falar é jurar: considerações sobre o sacramento da linguagem a partir do pensamento de Giorgio Agamben
DOI:
https://doi.org/10.24302/prof.v1i1.569Palabras clave:
Juramento. Linguagem. Filosofia Política.Resumen
O juramento não raro é concebido como um instituto ultrapassado, que, diante da pronúncia dos termos que lhe compõem, parece não entabular qualquer ressonância com o tempo presente. Considerado, de forma corrente, como um desconfortável resquício, provindo de um passado religioso, ganha, todavia, na obra de Agamben, uma nova interpretação. Vincular-se-ia o juramento à humanidade de forma bem mais aferrada do que se pudesse à primeira vista perceber, tratando o ato de jurar de pôr em questão a própria condição do homem como animal falante, bem assim sua relação para com a linguagem. O juramento, acompanhando a humanidade desde a antropogênese e, portanto, desde o momento em que, performativa e sacramente, o homem tomou a palavra e disse “eu”, expõe a especialidade da língua enquanto potência específica e constitutiva do humano e o papel fundamental da confiança para que uma associação política possa ter lugar. Nesse sentido, decorrências no âmbito ético e político são evidentes, e, de outra banda, preocupante é, sem dúvida, o atual e irresponsável proliferar sem precedentes da palavra dita em vão.Descargas
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Publicado
2014-06-09
Cómo citar
Teixeira, E. T. (2014). Falar é jurar: considerações sobre o sacramento da linguagem a partir do pensamento de Giorgio Agamben. Profanações, 1(1), 154–173. https://doi.org/10.24302/prof.v1i1.569
Número
Sección
Artigos