Conservadorismo e violência simbólica žižekiana em “Porra, Santo Antônio”, de Maya Falks
DOI:
https://doi.org/10.24302/prof.v11iEsp.Dossie.5031Resumen
Este artigo teve como objetivo interpretar o conto “Porra, Santo Antônio”, da escritora Maya Falks, a partir do conceito de violência (objetiva) simbólica do filósofo esloveno Slavoj Žižek, demonstrando como a violência simbólica funciona como mecanismo de manutenção da ordem simbólica e, pode, eventualmente, irromper em formas de violência subjetiva. Trata-se de um estudo qualitativo e de base interpretativa, baseado nos pressupostos do materialismo lacaniano. O materialismo lacaniano é uma teoria que vincula os pressupostos da psicanálise de Jacques Lacan ao materialismo dialético de Karl Marx, propondo reflexões sobre o funcionamento das relações humanas, considerando não só a luta de classes, mas também as implicações do inconsciente, da linguagem etc. Seus principais disseminadores são os filósofos Slavoj Žižek e Alain Badiou. Por meio deste estudo teórico, verificamos a existência de uma violência objetiva simbólica perceptível pela observação atenta dos usos lexicais no enredo; essa violência simbólica estrutura as coordenadas do universo simbólico das personagens e faz emergir formas de violência subjetiva quando suas contradições vêm à tona.
Palavras-chave: violência simbólica; Slavoj Žižek; Maya Falks.
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