Cannabis e saber-médico

conflitos, controvérsias e disputas sobre um saber-poder no Brasil

Autores/as

  • Marco Vinicius de Castro Universidade Federal de Juiz de Fora

DOI:

https://doi.org/10.24302/prof.v7i0.2698

Resumen

Partindo de uma genealogia, este artigo teve por objetivo fazer uma breve análise sobre o papel do discurso médico-científico na construção de um saber-poder sobre os usos sociais de maconha no Brasil. Desta maneira, busca-se apreender os mecanismos de poder entre dois pontos, isto é, de um lado as regras de direito que delimitam formalmente o poder e, de outro lado, os efeitos de verdade que esse poder produz, conduz e estabelece o triângulo poder, direito e verdade. Considera-se que a proibição da maconha no Brasil constituiu uma tomada de poder sobre homens na forma de uma prática governamental de demarcação sobre o que se deve ou não fazer, assim como um poder disciplinar moral e legal. Essa biopolítica implantou mecanismos para disciplinar e controlar uma população específica e o saber-médico foi um saber-poder crucial para isso. Logo, pode-se considerar que os discursos dos saberes médico-científicos continuam sendo relevantes tanto para a manutenção quanto para a reversão dessa ideia de anormalidade, pois esses discursos de saber são fundamentais para manter ou alterar essa noção de anormalidade em torno dos usos sociais de maconha.

Palavras-chave: Cannabis. Saber-médico. Constituição. Saber-poder. Brasil.

Biografía del autor/a

Marco Vinicius de Castro, Universidade Federal de Juiz de Fora

Mestre em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Bacharel em Ciências Sociais Pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). Doutorando pelo Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais (PPGCSO) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Financiado pela CAPES. Juiz de Fora. Minas Gerais. Brasil.

Publicado

2020-04-01

Cómo citar

Castro, M. V. de. (2020). Cannabis e saber-médico: conflitos, controvérsias e disputas sobre um saber-poder no Brasil. Profanações, 7, 148–163. https://doi.org/10.24302/prof.v7i0.2698

Número

Sección

Artigos