A constituição da multidão na filosofia de Antonio Negri

dos dualismos conceituais à biopolítica marxista

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.24302/prof.v7i0.2635

Resumen

Em nosso artigo nos preocupamos com a constituição do conceito de multidão e na sua determinação enquanto um conceito de classe através de seus aspectos filosóficos formais e através de seus aspectos ontológicos, políticos e econômicos próprios da contemporaneidade. Desse modo, começamos por algumas das dimensões conceituais mais importantes da multidão: os seus dualismos. São eles: entre potência e poder (herdados de Spinoza); entre virtù e fortuna (de Maquiavel); entre trabalho vivo e trabalho morto (de Marx); entre poder constituinte e poder constituído (arrancados da tradição do pensamento jurídico). Em seguida desenvolvemos alguns aspectos essenciais para o entendimento da multidão enquanto um conceito de classe social efetivo na composição contemporânea do capitalismo, como o trabalho imaterial e a subsunção real e a biopolítica ou bioprodução, que colocam que toda a vida e toda a sociedade se tornam elemento de valorização do capital. Assim, deparamo-nos com outro dualismo, o entre biopolítica e biopoder, que marca a multidão em seu sentido mais importante, visto que este é um conceito inseparável das análises históricas da transformação do capitalismo.

Palavras-chave: Multidão. Negri. Biopolítica. Trabalho imaterial. Trabalho vivo.

Biografía del autor/a

Émerson Pirola, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Doutorando em Filosofia. Bolsista da CAPES. Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Porto Alegre, Brasil.

Publicado

2020-03-16

Cómo citar

Pirola, Émerson. (2020). A constituição da multidão na filosofia de Antonio Negri: dos dualismos conceituais à biopolítica marxista. Profanações, 7, 93–126. https://doi.org/10.24302/prof.v7i0.2635

Número

Sección

Artigos