O desemprego estrutural no contexto do capitalismo global contemporâneo à luz da teoria de Žižek
DOI:
https://doi.org/10.24302/prof.v4i2.1288Palabras clave:
Desemprego estrutural. Capitalismo global. Catástrofe pseudonatural.Resumen
O objetivo deste ensaio é analisar a situação atual do desemprego estrutural que assola a existência dos indivíduos na forma de vida contemporânea, a partir de uma abordagem que compreende tal evento como uma “catástrofe pseudonatural”, em decorrência da violência constitutiva do poder sistêmico do capital, nas suas diversas formas. Podemos considerar que sob o jugo do capitalismo contemporâneo, o trabalho se realiza como experiência negativa para aqueles que trabalham. Com efeito, essa dinâmica imanente do mercado mundial capitalista transforma trabalhadores produtivos em trabalhadores descartáveis, subprodutos do sistema de mercadorias. Para tal análise, nos ancoramos nas reflexões de Žižek (2012), quando este se ocupa de uma análise crítica sobre as principais implicações desse modelo de sociedade na subjetividade humana, na atual conjuntura histórica. A metodologia que trilhamos encontra amparo no que a literatura denominada de estudo teórico-bibliográfico, no qual elegemos como aporte teórico as obras descritas, a saber: “O Ano em que sonhamos perigosamente” (2012a), “Vivendo no fim dos tempos” (2012b) e “Primeiro tragédia depois como farsa” (2011) como fontes principais de análise. Em suma podemos assegurar que no atual momento histórico o não trabalho é uma qualidade que sustenta o próprio sistema como tal, pois o que se revela é que este, além de necessitar de trabalhadores, produz um excedente, ou seja, um ‘exercito de reservas’ garantido pela circulação do não trabalho, o que permite a Žižek caracterizar esse “novo” desemprego estrutural como forma de exploração, uma vez que somente no capitalismo a exploração aparece de forma naturalizada.