Contaminação do leite materno por agrotóxicos e implicações na saúde infantil
uma revisão sistematizada
DOI:
https://doi.org/10.24302/sma.v11.3986Resumo
Introdução: O aleitamento materno é uma via de eliminação de poluentes orgânicos persistentes, também conhecidos como agrotóxicos e pesticidas. Esta condição pode gerar conseqüências graves no crescimento infantil e alterações neurológicas em lactentes expostos a estes contaminantes. Objetivo: avaliar o impacto da contaminação do leite materno por agrotóxicos e suas implicações para saúde infantil. Métodos: as buscas desta revisão foram realizadas no PubMed, Medline e Scopus pelos descritores "Milk, Human", "Pesticide" ou "Residue Pesticide" e um total de 34 artigos foram selecionados. Resultados: Muitos estudos detectaram agrotóxicos no leite materno, especialmente organoclorados, em variadas concentrações. Dados controversos também foram identificaram em relação ao baixo nível dos pesticidas no leite e baixa avaliação de risco para lactentes. Houve associação entre o nível de contaminação com características maternas como número de gestações, idade, ocupação, condições sociais, de saúde e alimentação; e efeitos deletérios aos lactentes como alterações no crescimento infantil, na microbiota e comportamentais. Conclusão: a concentração de resíduos de agrotóxicos no leite materno se relaciona à características maternas. Lactentes mais expostos e de gestoras que apresentam maior vulnerabilidade podem apresentar efeitos deletérios à saúde, necessitando de avaliação pediátrica vigilante. As práticas do aleitamento materno e da minimização do uso de agrotóxicos devem ser sempre encorajadas.
Palavras-chave: Aleitamento materno; Agrotóxicos; Leite materno; Pesticidas.
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