Práticas integrativas e complementares e abordagens grupais na atenção primária
uma percepção interprofissional
DOI:
https://doi.org/10.24302/sma.v9iSupl.1.3395Resumo
Introdução: As Práticas Integrativas Complementares (PICs) agrupam abordagens com foco na prevenção de agravos, recuperação da saúde e na promoção do autocuidado1. A inserção de grupos como modalidade de atenção coletiva à população é frequente nos serviços de saúde. Busca-se através da organização de grupos otimizar o processo de trabalho e a participação do processo educativo de usuários e de outros profissionais da equipe2. Os grupos operativos, que compreendem uma das abordagens grupais (AGs), são denominados como um conjunto de pessoas, ligadas no tempo e espaço, articuladas por sua mútua representação interna, que se propunham, explícita ou implicitamente, a uma tarefa, interatuando em uma rede de papéis com o estabelecimento de vínculos entre si3. Objetivo: Apresentar um relato de experiência com PICs e AGs em grupos realizados na Atenção Primária à Saúde. Metodologia: Acompanhamento, participação e promoção de PICs e abordagens grupais em três encontros realizados com o grupo “Caminhando e Contando” no NASF-AP Piraquara - PR. Resultados: Foi possível observar a importância da realização de abordagens grupais e PICs nos serviços de saúde, pois os resultados denotam que os processos grupais possibilitaram aos usuários diversas mudanças, tais como: espaços de convivência entre os participantes e profissionais, educação sobre PICs, ampliação de redes afetivas, entre outros. Pensar na ferramenta grupal atrelada às PICs, neste contexto, esteve sempre presente como uma proposta de educação em saúde, focando na aprendizagem e na oportunidade de vivenciar práticas de autocuidado. Por outro lado, pode-se dizer que, ao relacionar as duas ferramentas (PICs e AGs) à atuação dos profissionais, elas podem se complementar, uma vez que a condução de grupos é fundamental para que sejam estabelecidas as relações entre os participantes, além do envolvimento efetivo na atividade proposta. Destaca-se que a realização dos grupos fundamentados em PICs e AGs contribuíram para a prática e aprendizado compartilhado e integrado entre preceptor e bolsistas. Foi possível notar a relevância para o usuário e para os processos de cuidado que o trabalho em grupo e as PICs possuem, uma vez que contribuem para o fortalecimento do vínculo, autocuidado e longitudinalidade do cuidado. Considerações Finais: Ressalta-se a importância do PET-Saúde como possibilidade de ampliar o alcance das ações na comunidade e território. Observou-se que os conhecimentos acerca de PICs e AGs são estratégias que ampliam as possibilidades do cuidado integral ao usuário. Aos bolsistas, o programa oferece a experiência da correlação teórico-prática, contato direto com público-alvo e a interprofissionalidade. Desta forma, foi possível aprender com, sobre e entre si, no que diz respeito aos profissionais da equipe e público-alvo.
Palavras-chave: Educação Interprofissional. Processos Grupais. Terapias Complementares.
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