Ações interprofissionais no enfrentamento à pandemia de Coronavírus em Chapecó/SC
DOI:
https://doi.org/10.24302/sma.v9iSupl.1.3393Resumo
Introdução: desde que foi decretada a situação de pandemia pelo vírus SARS-CoV-2 a população mundial vem enfrentando uma crise sem precedentes e o Brasil não é exceção. Os idosos e as pessoas com comorbidades são os grupos mais suscetíveis à severidade do quadro clínico1. A pandemia causa insegurança e aponta para as fragilidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Entretanto, também abre oportunidades para novos processos na Atenção Primária em Saúde (APS), como a interprofissionalidade, que é definida como um grupo composto por mais de dois profissionais de ofícios diferentes e que produzem conhecimento e compartilham entre si para a melhoria do atendimento2. A APS tem dificuldades em interagir de forma efetiva para evitar que os casos sejam letais, porém, por meio de ações de prevenção e monitoramento da população contribui para diminuir a incidência da infecção3. Nesse sentido, também se faz importante para as equipes a Educação Interprofissional em Saúde (EIS), figurando como a principal estratégia para formar profissionais aptos para o trabalho em equipe, prática essencial para a integralidade no cuidado em saúde, principalmente em tempos de pandemia2. Objetivo: relatar ações interprofissionais que contribuem para o enfrentamento da pandemia no município de Chapecó/SC. Metodologia: trata-se de um relato de experiência da atuação e colaboração interprofissional dos preceptores do PET-Saúde Grupo Sul no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus. A vivência relaciona-se ao período de pandemia que se iniciou em março de 2020. Resultados: diante da pandemia e da transmissão comunitária do coronavírus, os profissionais da saúde estão trabalhando de forma conjunta na reorganização dos serviços, seja em atendimento presencial na APS ou em sistemas de informação e matriciamento via telefone/internet. Esse momento demonstrou grandes fragilidades e limitações no processo de trabalho, porém favoreceu a discussão deste, além de fortalecer a interprofissionalidade e os vínculos entre os profissionais das equipes. Pelas alterações nos processos de trabalho e diminuição do contato entre a equipe, a interprofissionalidade e a EIS foram de suma importância para garantir a qualidade do serviço e a continuidade de produção e compartilhamento de saberes. Um dos elementos primordiais que se destacou foi o estímulo a comunicação efetiva entre os profissionais e com a população, seja presencialmente ou por sistema de tele atendimento. Considerações Finais: em tempos de pandemia a interprofissionalidade mostrando-se extremamente necessária, pois por meio dela o acolhimento dos pacientes se torna mais efetivo, a equipe se mantém mais unida e há maior colaboração por parte dos profissionais. O que resulta em um melhor enfrentamento da pandemia e maior compartilhamento de conhecimento entre os profissionais de saúde.
Palavras chave: Sistema Único de Saúde. Atenção Primária à Saúde. Interprofissionalidade.
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