Nefrotoxicidade e resistência fúngica associadas à Anfotericina B:
uma revisão comentada
DOI:
https://doi.org/10.24302/sma.v10.2720Resumo
Introdução: A anfotericina B (AB) é a droga de escolha para o tratamento da maioria das infecções fúngicas sistêmicas. Apesar de sua efetividade e relação mínima com resistência microbiana, apresenta relevante toxicidade às células dos tecidos mamíferos, em particular às células renais. Objetivo: Abordar aspectos da resistência fúngica, nefrotoxicidade e biomarcadores disponíveis para detecção precoce da lesão renal ocasionada pela AB. Método: A busca bibliográfica foi realizada em bases de dados online. Foram incluídos artigos publicados no período entre 2008-2019, que possuíam dados completos ou parciais relacionados aos objetivos. Resultados: A busca resultou em 42 artigos cuja compilação dos tais sugeriu que: (i) a frequência de resistência à AB não parece ser substancial, porém, algumas espécies merecem maior atenção em virtude de sua suscetibilidade diminuída; (ii) diante da nefrotoxicidade, novas abordagens tecnológicas vêm sendo implementadas de maneira promissora; e (iii) a nova geração de biomarcadores para lesão renal aguda se apresenta de forma mais específica e sensível. Conclusão: A adoção de sistemas de entrega conjugados à AB parece ser uma alternativa coerente à minimização da nefrotoxicidade e da resistência fúngica. No tocante aos biomarcadores, é mais provável que, ao invés da avaliação pontual de um único, um painel de biomarcadores proporcione uma compreensão mais minuciosa dos aspectos da lesão renal mediada pela AB. No entanto, são necessários mais estudos clínicos antes que tais marcadores sejam, por fim, implementados à clínica.
Palavras-chave: Anfotericina B. Nefrotoxicidade. Lesão renal aguda. Biomarcadores.
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