Síndrome de Burnout e o trabalho docente
um estudo exploratório com professores da rede pública de ensino
DOI:
https://doi.org/10.24302/sma.v8i0.2031Resumo
O estresse é definido como um processo temporário de adaptação que compreende modificações físicas e mentais. Quando as consequências do estresse não são tratadas adequadamente podem evoluir para o desenvolvimento da síndrome de burnout, mais comumente conhecida como a síndrome do cuidador descuidado ou do assistente desassistido (BENEVIDES-PEREIRA, 2010 apud PORTERO; RUIZ, 1998). O objetivo desse estudo foi Identificar a incidência da síndrome de burnout em profissionais que atuam na prática docente de um município do Planalto Norte de Santa Catarina. Tratou-se de uma pesquisa básica e descritiva de abordagem quantitativa e qualitativa tendo como critério de inclusão para este estudo a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e o preenchimento completo dos questionários. Como principais resultados, destaca-se que participaram do estudo 173 professores. Da amostra total 75,2% possuem entre 31 a 50 anos de idade. Quanto à carga horária 67,1% possuem jornada entre 31 a 40 horas semanais. Quanto ao gênero 87,9% são do gênero feminino e 12,1% são do gênero masculino. No que se refere à síndrome de burnout na amostra estudada, 35,8% apresentam possibilidade de desenvolver a síndrome, 49,7% encontram-se em fase inicial de burnout, 12,7% estão no inicio da instalação da síndrome e 1,7% apresentam fase considerável. Este estudo aponta que na prática docente a incidência de burnout é decorrente devido o aumento de responsabilidades exigidas ao profissional que, muitas vezes não possui meios necessários para atender a estas demandas. Outro aspecto que ressalta esse índice relaciona-se à alta expectativa depositada no processo de ensino-aprendizagem, que muitas vezes não apresenta um retorno tão efetivo (BENEVIDES-PEREIRA, 2010).
Palavras-Chave: Psicologia. Educação. Saúde do Trabalhador. Síndrome de Burnout.