Gerenciamento quantitativo de resíduos hospitalares
estudo de caso do município de Juiz de Fora/MG
DOI:
https://doi.org/10.24302/sma.v8i0.1765Resumo
A crescente geração dos Resíduos de Serviço de Saúde (RSS) ao longo dos anos tornou-se grande desafio para as gestões tanto pública quanto particular, em termos de sustentabilidade. Além da complexidade inerente ao tema, a falta de informação/capacitação ainda é bastante frequente. Devido aos riscos em potencial, o gerenciamento dos RSS faz-se obrigatório e necessário em estabelecimentos geradores. Nesse cenário, o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) surge como ferramenta essencial para uma gestão sustentável, visando o correto manejo, destinação e disposição adequada de tais resíduos. O presente estudo tem por objetivo apresentar uma análise quantitativa dos resíduos em um hospital de grande porte no município de Juiz de Fora – MG, correspondente aos anos de 2015 e 2016, considerando estudos gravimétricos e financeiros envolvidos em tal geração. Como resultado, verificou-se uma geração mensal de cerca de 52 toneladas de resíduos no estabelecimento, pertencentes às classes A, B, D e E, totalizando 3,30 kg/leito/dia. Verificou-se que a comercialização de resíduos recicláveis gera uma renda de R$43.500,00 com potencial de incremento com a melhoria de ações de segregação na fonte e consolidação do PGRSS. Por fim, destaca-se que a implantação e operacionalização do PGRSS, com a sensibilização e participação dos atores envolvidos, contribui para melhorias no manejo, destinação e disposição final adequada dos RSS, culminando em ganhos sociais, ambientais e econômicos.
Palavras-chave: Gerenciamento de resíduos. Resíduos de serviços de saúde. Análise quantitativa. Hospitais municipais. Planejamento hospitalar.