Comércio ambulante de alimentos na universidade: uma questão de segurança alimentar e prevenção de parasitoses intestinais / Food trade in the university: a question of food safety and prevention of intestinal parasites
DOI:
https://doi.org/10.24302/sma.v7i1.1711Palavras-chave:
Alimentos de rua. Higiene dos alimentos. Vigilância Sanitária e Ambiental. Trabalhador ambulante. Parasitos intestinais. Street food. Food hygiene. Sanitary and environmental surveillance. Walking worker. Intestinal parasites.Resumo
É real o aumento do comércio ambulante de alimentos por todo o país. O estudo foi realizado no Centro de Ciências da Saúde da UFPE durante o segundo semestre de 2016, como parte das atividades da disciplina de parasitologia para o curso de graduação em Nutrição. O perfil sócio-demográfico e percepções de riscos e práticas de higiene alimentar e os conhecimentos sobre parasitoses intestinais foram coletados por formulário estruturado da Vigilância Sanitária e Ambiental. Foram realizadas intervenções em educação em saúde para orientar os ambulantes quanto as Boas Práticas de Segurança Alimentar (BPSA) e sobre as parasitoses veiculadas por alimentos. O comércio foi realizado em local de fluxo intenso de pessoas e veículos. Apesar da ausência de lixo, observamos cães e gatos. Os alimentos eram embalados e conservados incorretamente e o uso de toucas, luvas e avental não eram frequentes. Não houve diferença entre gênero entre os ambulantes, 55% deles tinham entre 30-40 anos de idade, 50% comercializavam alimentos a menos de seis meses e 40% diziam ter treinamento. Os ambulantes destacavam a falta de higiene como via de transmissão e o uso de luvas e álcool gel como profilaxias. A intervenção educativa foi capaz de construir o conhecimento e sensibilizar os ambulantes quanto à atenção na BPSA e sobre o risco de transmissão de parasitos veiculados por alimentos. Existiram divergências entre o que foi observado e o que foi realizado na prática do comércio frente de BPSA. Ademais, destaca-se a importância das intervenções educativas na construção do conhecimento sobre BPSA e na prevenção e controle das parasitoses veiculadas por alimentos.
ABSTRACT
It's real the expansion of the street food trade throughout the country. The study was carried out at the Health Sciences Center of UFPE during 2016 second semester as part of the parasitology discipline activities from the undergraduate in nutrition course. The socio-demographic profile, perceptions of risks and food hygiene practices and knowledge about intestinal parasites were collected through a structured form of Sanitary and Environmental Surveillance. We conducted interventions in health education to guide street vendors regarding Good Food Safety Practices (GPFS) and foodborne parasitic diseases. The trade is carried out in a place of intense flow of people and vehicles. Despite the absence of garbage, we observed dogs and cats. Foods are packaged and stored improperly and bonnet, gloves and apron is not frequently used. There were no gender differences among street vendors, 55% of them are between 30-40 years old, 50% sell foods for less than 6 months and 40% say they have training. The street vendors highlight the lack of hygiene as a transmission path and the use of gloves and alcohol gel as prophylaxis. The educational intervention was able to build the knowledge and sensitize the vendors regarding the attention in the GPFS and the risks of transmission of foodborne parasites. There were differences between what we observed and what is really conducted in the practice of trade versus GPFS. In addition, we emphasized the importance of educational interventions in the construction of knowledge about GPFS and in the prevention and control of foodborne parasites.