Democracia (neo)liberal securitária: insegurança e performatividade na era do capitalismo de vigilância

Autores

DOI:

https://doi.org/10.24302/prof.v11.5367

Resumo

Pretende-se discutir nesse artigo sobre a (des)integração democrática, pensada a partir da constituição de uma democracia (neo)liberal securitária no contexto do capitalismo de vigilância. A questão principal que norteia a pesquisa se refere a entender em que medida a democracia liberal inserida sob o arcabouço do capitalismo de vigilância corresponde para a introdução de uma democracia pautada em estruturas de inimizade, substancialmente transformando-se em uma democracia (neo)liberal securitária. A metodologia empregada para desenvolvimento pauta-se no materialismo histórico pelo viés de Antonio Negri. Logo, para responder a problemática estrutura-se o texto da seguinte forma: primeiramente, se quer analisar o capitalismo de vigilância e os aparatos de controle biopolíticos inseridos na elaboração de uma nova governamentalidade; em seguida, avaliar a democracia liberal securitária e o paradigma da plantation, discorrendo acerca das zonas de exclusão na realidade brasileira; e, enfim, empregar os conceitos de democracia e insurreição na perspectiva de articular a potência dos corpos por um novo projeto democrático. Como decorrência constatou-se a vigilância e punição desmedida de grupos subalternizados, principalmente, nas zonas de exclusão na sociedade brasileira, concluindo-se pela inevitabilidade de união da performatividade dos corpos para a construção de um novo projeto democrático.

Palavras-chave: Capitalismo de Vigilância; Democracia Liberal; Neoliberalismo.

Biografia do Autor

Fernando Hoffmam, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM/RS)

Doutor e Mestre em Direito Público pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS); Bolsista PROEX/CAPES no Mestrado e Doutorado; Professor Adjunto do Departamento de Direito e do Programa de Pós-Graduação em Direito – Mestrado – da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM); Líder do Grupo de Pesquisa Núcleo de Estudos do Comum (NEC) registrado junto à UFSM/RS e ao CNPQ; Membro do Grupo de Pesquisa Estado e Constituição e da Rede Interinstitucional de Pesquisa Estado e Constituição, registrado junto à FDV/ES e ao CNPQ; Especialista em Direito: Temas Emergentes em Novas Tecnologias da Informação e Bacharel em Direito pelo Centro Universitário Franciscano (UNIFRA).

Tricieli Radaelli Fernandes, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM/RS)

Mestranda em Direito pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Pós-graduada em Direito do Trabalho e Direito Processual Civil pela Faculdade Dom Alberto – Santa Cruz do Sul. Graduada em Direito pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e Missões – Uri Campus Santiago. Graduanda em Ciências Sociais – Licenciatura pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

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Publicado

2024-12-18

Como Citar

Hoffmam, F., & Fernandes, T. R. (2024). Democracia (neo)liberal securitária: insegurança e performatividade na era do capitalismo de vigilância. Profanações, 11, 403–432. https://doi.org/10.24302/prof.v11.5367

Edição

Seção

Artigos