Giorgio Agamben: a analítica do método arqueológico paradigmático para o estudo das migrações
DOI:
https://doi.org/10.24302/prof.v10.4757Resumo
Este artigo tem como objetivo destacar a pertinência do método arqueológico-paradigmático de Agamben para os estudos no campo das migrações, pois este pode oferecer a possibilidade de uma análise filosófica quanto às migrações contemporâneas. Deste modo, o método de Agamben torna-se um instrumento de reflexão teórica que viabiliza o entendimento das migrações contemporâneas como uma espécie de paradigma da política Ocidental. A pesquisa bibliográfica desenvolvida, se deu a partir da obra “Signatura Rerum: sobre o método” na qual Agamben se dedica a explicitar seu método de investigação. Foram também exploradas obras complementares de pensadores com quem o filósofo italiano dialoga, no intuito de esclarecer o seu método arqueológico-paradigmático. As principais obras de Agamben oferecem para a reflexão termos como secularização, Homo sacer, vida nua e estado de exceção, estes demarcam situações em torno das quais o filósofo tenta explicar a política contemporânea; como uma “máquina do tempo” permitem analisar os acontecimentos a partir de seu surgimento propiciando um indicativo de que a política do presente carrega em si uma assinatura da política do passado. A hipótese que se pretendia analisar é que método arqueológico -paradigmático de Agamben pode ser considerado um instrumento que permite analisar e compreender a inserção da vida na política contemporânea do indivíduo migrante. Resta comprovado que Agamben e seu método dão conta da reflexão-crítica e reconhecem a vida de migrantes contemporâneos como vida nua sob governos em estado de exceção.
Palavras-chave: Método; Paradigma; Homo sacer; Migrações; Agamben.
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