A persistência do desenvolvimento em tempos de biopolítica e sobrevivência modulável
DOI:
https://doi.org/10.24302/prof.v7i0.2820Resumo
O artigo examina a persistência de programas e políticas de desenvolvimento em um momento que parece apontar certo esgotamento desta narrativa. A partir de vertentes críticas que abordam o tema do desenvolvimento e especialmente de eixos de análise oferecidos por Giorgio Agamben (e outros autores com quem o filósofo italiano dialoga em seus escritos), o texto procura analisar com base na literatura contemporânea qual o sentido de transformação social real permanece nos processos de desenvolvimento. Busca também examinar como a narrativa do desenvolvimento se atualiza com recentes desdobramentos em torno do neoliberalismo, da biopolítica e da sobrevivência modulável de nosso tempo. A plasticidade modulável de produção e governo dos vivos e a metamorfose incessante do que seja desenvolvimento investem numa convergência com mecanismos de mercado e artifícios pós-disciplinares de regulação, apresentando o desenvolvimento como dispositivo ainda eficaz para captura e controle da vida.
Palavras-chave: Sociedades de controle. Neoliberalismo. Algoritmos. Desenvolvimento.
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