O mercado de chocolate no sul da Bahia
estrutura, produção e comercialização
DOI:
https://doi.org/10.24302/drd.v10i0.2373Resumo
Apesar de ser um dos principais produtores de amêndoa de cacau no mundo durante o século XX, a incidência de crises na lavoura e maior concorrência mundial no final desse mesmo século tornaram a atividade cacaueira no Sul da Bahia pouco rentável. Nesse sentido, em meados dos anos 2000, produtores procuraram agregar valor à amêndoa e tornar a atividade menos sensível a crises internacionais, por meio da produção de chocolate com alto teor de cacau. Diante disso, este trabalho analisa a estrutura do mercado de chocolate no Sul da Bahia, identificando a quantidade de marcas, estratégias produtivas, comerciais e de marketing. O levantamento de dados foi feito em plataformas online e visitas técnicas, entre agosto de 2017 e julho de 2018, e submetidos à análise qualitativa e análise de correlação. Nesse período foram identificadas 50 marcas, concentradas nos municípios de Ilhéus, Itacaré e Salvador. A produção é majoritariamente Bean to Bar ou Tree to Bar com alto teor de cacau, explorando nichos de mercado orgânico, vegano e biodinâmico. A produção é, principalmente, de chocolate 56,6%, 70% e 80%, cujos maiores mercados destino são: Bahia, São Paulo e Rio de Janeiro. Há dificuldade na comercialização, pois esta costuma ser feita por meio de terceiros. O mercado caracteriza-se por uma estrutura de concorrência monopolista e muito dinâmica, em que surgem novas marcas com muita rapidez no mercado, pois em setembro de 2019 já se contabilizavam 74 marcas, um aumento de 48% no período de 14 meses.
Palavras-chave: Cacau. Brasil. Chocolate. Produção.
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