Vozes da terra: a cosmovisão Aymara e o futuro sustentável da agenda 2030

Autores

  • Liliana Tibes de Souza Universidade do Contestado (UNC)
  • Mariza Schuster Bueno Universidade do Contestado (UNC)
  • Patricia Minini Wechinewsky Guerber Universidade do Contestado (UNC) https://orcid.org/0000-0002-8381-5867

DOI:

https://doi.org/10.24302/acaddir.v6.5649

Palavras-chave:

objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS), Aymaras, princípios do direito ambiental

Resumo

A Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas – ONU é um plano de ação global destinado a promover o desenvolvimento sustentável, focando nas pessoas, no planeta e na prosperidade. Com a adesão de todos os Estados-Membros da ONU, foram estabelecidos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A discussão sobre o conceito de desenvolvimento sustentável, especialmente na América Latina, tem sido intensa, envolvendo diversas teorias e práticas. Inicialmente influenciado pela política externa dos EUA, o conceito evoluiu com contribuições teóricas, como a teoria da dependência, que critica as desigualdades estruturais entre centro e periferia na economia global. O objetivo geral deste trabalho é analisar como o desenvolvimento sustentável pode ser alinhado com a preservação do patrimônio cultural material, identificando estratégias e políticas que promovam um equilíbrio entre crescimento econômico e conservação cultural. Utiliza-se o método dialético para esta pesquisa, devido à complexidade e à interconexão entre as práticas culturais dos Aymaras, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU e os princípios do direito ambiental. Como resultados e discussão, se infere que os princípios do desenvolvimento sustentável incluem a integração das dimensões econômica, social e ambiental, equidade intergeracional, participação pública, transparência, resiliência, uso responsável dos recursos naturais, e promoção da inovação. Se conclui que a cosmovisão aymara, com sua ênfase na interconexão entre seres humanos, natureza e espiritualidade, e os valores de "suma qamaña" (bem viver), exemplifica uma abordagem holística e comunitária de desenvolvimento sustentável, destacando a importância da participação comunitária e do respeito aos conhecimentos tradicionais.

Biografia do Autor

Liliana Tibes de Souza, Universidade do Contestado (UNC)

Acadêmica do curso de Direito. Universidade do Contestado. Campus Mara. Santa Catarina. Brasil.

Mariza Schuster Bueno, Universidade do Contestado (UNC)

Mestre em Direito Positivo pela Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI Docente do curso de Direito da Universidade do Contestado - UNC. Campus Mafra. Santa Catarina. Brasil.

Patricia Minini Wechinewsky Guerber, Universidade do Contestado (UNC)

Doutoranda em Desenvolvimento Regional. Docente da Universidade do Contestado. Campus Mara. Santa Catarina. Brasil.

Downloads

Publicado

2024-12-17

Como Citar

Souza, L. T. de, Bueno, M. S., & Guerber, P. M. W. (2024). Vozes da terra: a cosmovisão Aymara e o futuro sustentável da agenda 2030. Academia De Direito, 6, 4254–4275. https://doi.org/10.24302/acaddir.v6.5649

Edição

Seção

Artigos