O abandono afetivo materno: uma reflexão a partir da doutrina da proteção integral
DOI:
https://doi.org/10.24302/acaddir.v6.5617Palavras-chave:
aabandono afetivo materno, mudança funcional, proteção integralResumo
Este estudo se refere ao abandono afetivo materno, demonstrando que o abandono afetivo não é apenas uma prática paterna, podendo ocorrer também por parte das mães. As transformações sociais que moldam a estrutura e a dinâmica das famílias ao longo do tempo, destacando a industrialização, a urbanização e o ingresso das mulheres no mercado de trabalho, embora tenham promovido maior igualdade nas relações familiares, também trouxeram desafios, entre eles a negligência das mães com seus filhos. Com a valorização do individualismo e a busca pela realização pessoal, muitas mulheres têm se afastado do lar, deixando de lado suas responsabilidades maternas, o que pode causar danos significativos ao desenvolvimento emocional e psicológico dos filhos. Esta pesquisa busca refletir sobre o abandono afetivo materno, sob a ótica da doutrina da proteção integral. Para tanto, visa retratar os aspectos mais importantes da doutrina da proteção integral, o abandono afetivo materno e seus reflexos na infantoadolescência. A metodologia de abordagem utilizada é a dedutiva, a partir do pressuposto de que o abandono afetivo materno tem crescido ultimamente e é prejudicial ao desenvolvimento da criança e do adolescente, em ofensa ao que prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente. Conclui-se, que o abandono afetivo materno, embora menos discutido, é um problema grave que necessita de maior atenção da sociedade e que, apesar de não haver dados específicos sobre o tema, a visão social que se tem é de que está em crescimento, causando danos no mesmo nível de gravidade que o abandono afetivo paterno.
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