O abandono afetivo materno: uma reflexão a partir da doutrina da proteção integral

Autores

  • Isabela Seidel Universidade do Contestado (UNC)
  • Adriane de Oliveira Ningeliski Universidade do Contestado (UNC)

DOI:

https://doi.org/10.24302/acaddir.v6.5617

Palavras-chave:

aabandono afetivo materno, mudança funcional, proteção integral

Resumo

Este estudo se refere ao abandono afetivo materno, demonstrando que o abandono afetivo não é apenas uma prática paterna, podendo ocorrer também por parte das mães. As transformações sociais que moldam a estrutura e a dinâmica das famílias ao longo do tempo, destacando a industrialização, a urbanização e o ingresso das mulheres no mercado de trabalho, embora tenham promovido maior igualdade nas relações familiares, também trouxeram desafios, entre eles a negligência das mães com seus filhos. Com a valorização do individualismo e a busca pela realização pessoal, muitas mulheres têm se afastado do lar, deixando de lado suas responsabilidades maternas, o que pode causar danos significativos ao desenvolvimento emocional e psicológico dos filhos. Esta pesquisa busca refletir sobre o abandono afetivo materno, sob a ótica da doutrina da proteção integral. Para tanto, visa retratar os aspectos mais importantes da doutrina da proteção integral, o abandono afetivo materno e seus reflexos na infantoadolescência. A metodologia de abordagem utilizada é a dedutiva, a partir do pressuposto de que o abandono afetivo materno tem crescido ultimamente e é prejudicial ao desenvolvimento da criança e do adolescente, em ofensa ao que prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente. Conclui-se, que o abandono afetivo materno, embora menos discutido, é um problema grave que necessita de maior atenção da sociedade e que, apesar de não haver dados específicos sobre o tema, a visão social que se tem é de que está em crescimento, causando danos no mesmo nível de gravidade que o abandono afetivo paterno.

Biografia do Autor

Isabela Seidel, Universidade do Contestado (UNC)

Acadêmica do Curso de Direito da Universidade do Contestado, Campus Mafra. Santa Catarina. Brasil.

Adriane de Oliveira Ningeliski, Universidade do Contestado (UNC)

Doutora e Mestre em Direito. Docente e Pesquisadora da Universidade do Contestado. Santa Catarina. Brasil.

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Publicado

2024-12-16

Como Citar

Seidel, I., & Ningeliski, A. de O. (2024). O abandono afetivo materno: uma reflexão a partir da doutrina da proteção integral. Academia De Direito, 6, 3938–3962. https://doi.org/10.24302/acaddir.v6.5617

Edição

Seção

Artigos