Direitos humanos reprodutivos e a reprodução medicamente assistida: entre a liberdade de reproduzir e de não reproduzir

Autores

  • Arthur Shigueo Inoue Universidade do Contestado (UNC)
  • Paulo Vinicius Franciscato da Silva Universidade do Contestado (UNC)
  • Rafael da Silva Balbinotti Universidade do Contestado (UNC)
  • Felipe Augusto Rodrigues Ambrosio Universidade do Contestado (UNC) https://orcid.org/0000-0002-0003-3801

DOI:

https://doi.org/10.24302/acaddir.v6.5079

Palavras-chave:

Dignidade Da Pessoa Humana, Esterilização compulsória, Reprodução in vitro, Autonomia de decisão, Planejamento familiar

Resumo

O presente trabalho aborda a temática dos direitos reprodutivos e sua relação com a assistência médica à reprodução, enfatizando a dignidade da pessoa humana. A dignidade implica no reconhecimento do direito de cada indivíduo exercer sua livre escolha em relação à maternidade/paternidade, inclusive ao buscar ajuda médica por meio de técnicas de reprodução assistida, como a fertilização in vitro e a inseminação artificial. É de suma importância que essas práticas sejam realizadas de forma ética, em conformidade com os direitos humanos. A esterilização compulsória, imposta pelo Estado sem consentimento livre e informado, é considerada uma violação dos direitos humanos e à dignidade da pessoa humana, pois cerceia a liberdade de decisão sobre a reprodução. Em contrapartida, a esterilização voluntária é a opção autônoma e bem-informada de uma pessoa em se submeter à esterilização como método de controle de natalidade, exigindo-se, contudo, sua voluntariedade, mediante o consentimento informado e sem qualquer forma de pressão, para ser legítima dentro do contexto do planejamento familiar. Portanto, os direitos reprodutivos abrangem a liberdade de decidir sobre a reprodução, incluindo o acesso aos recursos de reprodução medicamente assistida. No entanto, é de extrema importância que essas práticas sejam conduzidas de maneira ética, respeitando os direitos individuais e evitando a imposição de esterilização compulsória.

Biografia do Autor

Arthur Shigueo Inoue, Universidade do Contestado (UNC)

Graduação, Universidade do Contestado, Mafra, Santa Catarina, Brasil.

Paulo Vinicius Franciscato da Silva, Universidade do Contestado (UNC)

Graduação, Universidade do Contestado, Mafra, Santa Catarina, Brasil.

Rafael da Silva Balbinotti, Universidade do Contestado (UNC)

Graduação, Universidade do Contestado, Mafra, Santa Catarina, Brasil.

Felipe Augusto Rodrigues Ambrosio, Universidade do Contestado (UNC)

Mestre em Ciência Jurídica pelo Programa de Pós-Graduação do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP). Professor da Universidade do Contestado – Campus Mafra- Santa Catarina, e membro pesquisador do grupo de pesquisa Direito Contemporâneo e Cidadania. Advogado. Santa Catarina, Brasil.

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Publicado

2024-12-09

Como Citar

Inoue, A. S., Silva, P. V. F. da, Balbinotti, R. da S., & Ambrosio, F. A. R. (2024). Direitos humanos reprodutivos e a reprodução medicamente assistida: entre a liberdade de reproduzir e de não reproduzir. Academia De Direito, 6, 2946–2968. https://doi.org/10.24302/acaddir.v6.5079

Edição

Seção

Artigos