Mulheres como mulas no tráfico de drogas e a possibilidade de aplicação do tráfico privilegiado: considerações à luz da criminologia e do direito

Autores

  • Ana Paula Greim Alves Universidade do Contestado (UNC)
  • Ane Elise Brandalise Gonçalves Universidade do Contestado (UNC)

DOI:

https://doi.org/10.24302/acaddir.v6.4959

Palavras-chave:

criminologia, sistema carcerário feminino, tráfico privilegiado, mulas do tráfico, súmula vinculante

Resumo

O encarceramento feminino no Brasil teve um aumento significativo nas últimas décadas, sendo que o principal crime cometido por estas mulheres é o tráfico de drogas. Nessa conjuntura, o presente artigo irá abordar a questão que essas mulheres, em sua maioria, não são traficantes, mas sim, “mulas” utilizadas no tráfico de drogas. Para tanto, a estas, se preenchidos os requisitos legais necessários, inscritos no §4º do art. 33 da Lei 11.343/2006, cabe a aplicação da minorante do tráfico privilegiado. Neste artigo será demonstrada a necessidade primordial de observância do recente entendimentos do Supremo Tribunal Federal (STF), via Súmula Vinculante, e do entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que tratam justamente da necessidade de aplicação do tráfico privilegiado às mulas do tráfico de drogas. Para tanto, o trabalho trata primeiramente da conjuntura brasileira do sistema carcerário feminino. Após, passa-se a estudar a necessidade de proteção da mulher neste sistema e, por fim, adentra-se na apresentação da Nova Súmula Vinculante e da consequente necessidade de observação e aplicação prática pelos Tribunais. Utilizou-se do método qualitativo, tomado a partir da revisão bibliográfica, obtidas pelo uso da doutrina, da legislação e da jurisprudência como técnica de pesquisa. Conclui-se que as mulas ainda não possuem o tratamento necessário às suas vulnerabilidades, malgrado a importância da Nova Súmula Vinculante.

Biografia do Autor

Ana Paula Greim Alves , Universidade do Contestado (UNC)

Graduada  em Direito. Universidade do Contestado, UNC, Santa Catarina. Brasil.

Ane Elise Brandalise Gonçalves, Universidade do Contestado (UNC)

Possui graduação em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná-PUCPR (2012) e graduação em Relações Internacionais pela UNINTER (2012-2015). Mestre em Direitos Fundamentais e Democracia no Centro Universitário Autônomo do Brasil - UNIBRASIL (2015-2017). Atualmente é Professora da Unc - Universidade do Contestado. Participou da École D'été en Relations Internationales sur les conflits et les interventions internationales em Bordeaux, França (2017), sobre conflitos internacionais e intervenções. Realizou estudos na Corte Internacional de Justiça - Académie de Droit International de La Haye (2017).

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Publicado

2024-11-18

Como Citar

Alves , A. P. G., & Gonçalves, A. E. B. (2024). Mulheres como mulas no tráfico de drogas e a possibilidade de aplicação do tráfico privilegiado: considerações à luz da criminologia e do direito. Academia De Direito, 6, 2038–2060. https://doi.org/10.24302/acaddir.v6.4959

Edição

Seção

Artigos